O primeiro canto

O primeiro canto

sexta-feira, 13 de março de 2015

Beautiful - Marillon



“…And the leaves turn from red to brown
To be trodden down, trodden down”



"Falling Slowly"- Once



“And I can't go back
Moods that take me and erase me
And I'm painted black”


quarta-feira, 11 de março de 2015

Liberdade- Miguel Torga



— Liberdade, que estais no céu... 

Rezava o padre-nosso que sabia, 

A pedir-te, humildemente, 
O pio de cada dia. 
Mas a tua bondade omnipotente 
Nem me ouvia. 

— Liberdade, que estais na terra... 
E a minha voz crescia 
De emoção. 
Mas um silêncio triste sepultava 
A fé que ressumava 
Da oração. 

Até que um dia, corajosamente, 
Olhei noutro sentido, e pude, deslumbrado, 
Saborear, enfim, 
O pão da minha fome. 
— Liberdade, que estais em mim, 
Santificado seja o vosso nome.    

Miguel Torga, in 'Diário XII'


Quando ficava de cama, seu pai trazia um velho livro cujas últimas três páginas haviam sido arrancadas. Então, ela se aninhava nos seus braços para inventarem juntos o final. Na gripe, a princesa fugiu do castelo e foi ser repórter. Perna quebrada: deixou o príncipe em casa cozinhando e saiu com as amigas. Amídalas? Juntou-se a outras e mudaram o mundo. Ontem, já crescida, foi comprar o primeiro livro para a filha. Escolheu com carinho, arrancou as três últimas páginas e, sorrindo, pediu: “para presente”.  Leonardo Sakamoto

terça-feira, 10 de março de 2015


“Mesmo que a rota da minha vida me conduza a uma estrela,
nem por isso fui dispensado de percorrer os caminhos do mundo.”
-José Saramago-


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

DARVISH - Hanna Jahanforooz

Do abismo entre povos, a arte como ponte.
Cantora de dois mundos "inimigos", Hanna Jahanforooz, que nasceu no Irã, mas mudou-se ainda menina para Israel, canta uma das suas canções. DARVISH.




quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

"O Amor nos Tempos do Cólera"


"- Está dizendo isso a sério? - perguntou.
- Desde que nasci - disse Florentino Ariza - não disse uma única coisa que não fosse a sério.
O comandante olhou Fermina Daza e viu em suas pestanas os primeiros lampejos de um orvalho de inverno. Depois olhou Florentino Ariza, seu domínio invencível, seu amor impávido, e se assustou com a suspeita tardia de que é a vida, mais que a morte, a que não tem limites.
- E até quando acredita o senhor que podemos continuar nesse ir e vir? - perguntou.
Florentino Ariza tinha a resposta preparada havia 53 anos, sete meses e 11 dias com as respectivas noites.
- Toda a vida - disse."