O primeiro canto

O primeiro canto

domingo, 2 de dezembro de 2018

Do meu lado esquerdo, há um Urso de alma gigante!

É preciso imaginação para compreender essa história. Então, por favor, descanse. Escute  a minha voz, velha e cansada. Vamos, sente-se desse outro lado, perto da fogueira.

Feche os olhos e imagine uma grande floresta... 
Uma floresta antiga, com árvores de todos os tamanhos. Sinta o vento...  Ouça as águas do rio. Aprecie o canto dos pássaros. 
O sol brilha forte, mas no meio da floresta, há muita sombra e uma temperatura agradável.
Nessa grande e antiga floresta, moram vários bichos. Um deles, o urso. Não um urso qualquer. Aquele urso era diferente. Era um urso grande, muito grande... Dizem que quanto maior a alma de um bicho, maior é o tamanho dele. Então aquele urso foi o maior que já vi em toda a minha vida. Assim que o vi, senti que não corria risco. Estava segura. Percebi que aquele bicho carregava a marca de uma sabedoria milenar, cheia de suavidade e força. Um dia você vai entender...  é preciso manter os olhos atentos para ter certeza quando um animal selvagem pode nos ameaçar, ou quando um encontro assim pode ser o começo de uma vida completamente diferente, uma vida de aventuras e de descobertas. Uma, que faz valer todo o caminho, pois existem encontros que dão sentido a tudo o que vivemos até então. Contudo, é preciso coragem e ousadia para conseguir se aproximar. 
A distância que nos separava não era tão grande. Foi uma surpresa encontrar um bicho daqueles ali, num lugar já conhecido. Ele simplesmente apareceu no meu caminho. 
Senti, não sei como, puro instinto, ou destino..., que deveria seguir os rastros daquele animal. Percebi que ele sabia que eu o estava seguindo. Pensei que ele poderia reagir mal, mas ele pareceu mostrar que isso não o incomodava. E toda vez que eu sentia vontade de parar, ele agia como se quisesse que eu continuasse. E eu continuei... Até chegar perto, tão perto, que poderia tocar os seus pelos e o seu grande corpo selvagem. Vi algumas marcas, que só poderiam ser das guerras que aquele grande animal já lutou. Talvez tenham sido as guerras, plurais e singulares, e tudo o que ele enfrentou, que o fez ter a alma que tem. Uma alma selvagem, guerreira. Ao mesmo tempo, uma alma cheia de sabedoria e mansidão. Nunca vou esquecer os olhos dele... o jeito dele olhar. A minha pele carrega a lembrança do toque na maciez de seus pelos. E mesmo que alguém ouse considerar aquele encontro tão efêmero quanto uma estrela cadente cruzando o céu, eu sei que não foi. Na verdade, era como se já nos conhecêssemos de longas datas. As nossas almas se reencontraram. A nossa natureza selvagem sabia que estava em casa...

(...)

Já se passaram muitas e longas estações, nunca mais o vi. Entretanto, acredito que ele continua em algum lugar dessa floresta. Sinto isso! E sei que enquanto eu respirar, ele vai continuar comigo, em minhas lembranças.  


Agora, abra os olhos bem devagar...
Veja, se olhar bem, se conseguir enxergar, vai perceber... do meu lado esquerdo, há um Urso de alma gigante! 

sábado, 1 de dezembro de 2018

Ára Bátur - Sigur Rós


!




"Os cães ladram, Sancho! É sinal de que estamos avançando." 

Dom Quixote - Cervantes

Reverdecer - Perotá Chingó


Que esa canción sea una oración para todas las almas que necesitan mirar hacia adentro. ¡Que nunca nos falte la fuerza para Reverdecer!

Fuerza natural
Fuerza
No me falte al aire
Pra atravesar tormenta
Cuando el trabajo sea reverdecer
Y si me apuna el viento
No me falte el aire
Vuélvome a las alturas
Cuando el trabajo sea reverdecer
Fuerza no hay más esquinas
No me falte el aire
Hay que mirar pa´dentro
Cuando el trabajo sea reverdecer
Para avivar el fuego
No me falte el aire
Mi voz sea la herramienta
Cuando el trabajo sea reverdecer

sábado, 17 de novembro de 2018

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

...




Não há barreira, fechadura ou ferrolho que possas 
impor à liberdade da minha mente.

Virgínia Woolf


quarta-feira, 14 de novembro de 2018